O Instituto Brasil-Israel (IBI) lamentou e condenou, com veemência, as absurdas comparações feitas por golpistas bolsonaristas, presos após protagonizarem atos terroristas em Brasília.
O discurso usado por quem defende a prática de vandalismo compara a detenção dos terroristas com a violência dos campos de concentração nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.
“Nossa ideia não é que o Holocausto seja um evento histórico incomparável. Mas é grave que um dos grandes crimes contra a humanidade, quando minorias foram dizimadas, seja comparado à detenção de pessoas acusadas de cometer crimes contra a democracia brasileira”, declarou, à Fórum, Anita Efraim, coordenadora de comunicação do Instituto Brasil-Israel e mestre em Comunicação Política pela Universidad de Chile.
A entidade ressaltou que “as comparações feitas entre a detenção de envolvidos em atos de violência em Brasília e campos de concentração são irresponsáveis e ignoram a gravidade do que foi, efetivamente, o Holocausto, quando prisioneiros eram submetidos a trabalho escravo, privados de comida e passavam frio. Caso não morressem neste processo de tortura, eram levados às câmaras de gás”.
Supressão da democracia fez nascer campos de concentração na Alemanha nazista
O instituto relembrou, ainda, que o nazismo, ao contrário das democracias liberais, estabelecia que “crime” era estar fora do padrão designado pelo ditador. “Minorias eram excluídas simplesmente por ser quem eram. Quando judeus e outros grupos foram levados para campos de concentração, não havia qualquer envolvimento com movimentações antidemocráticas. Ao contrário. Foi justamente a supressão da democracia, desejada pelos golpistas detidos em Brasília, que fez nascer os campos de concentração na Alemanha nazista”, completou a entidade.