A tarde desta quarta-feira (11) ficará marcada nos bolsonaristas que atacaram as sedes dos Três Poderes no último domingo (8) como o momento em que, detidos, deram os seus depoimentos à Polícia Federal para em seguida serem finalmente levados ao Complexo da Papuda, no Distrito Federal. Ao todo, 1159 golpistas ficam presos enquanto respondem pelos ataques.
Das 1843 pessoas inicialmente detidas no acampamento diante do QG do Exército em Brasília, 684 foram liberadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a maioria mulheres, crianças e idosos. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informou que os homens vão para o Centro de Detenção Provisória 2 (CDP) n Complexo da Papuda, enquanto as mulheres vão para a Penitenciária Feminina de Brasília, popularmente conhecida como Colmeia.
Em formulário utilizado pela PF na tomada dos depoimentos, além dos dados pessoais dos detidos, foi perguntado de que cidade vieram, como foi a viagem, fonte de renda e redes sociais, além, é claro, de indagar sobre quem financiou a viagem. A investigação está no âmbito do inquérito 4879, instaurado por Alexandre de Moraes, sobre as manifestações antidemocráticas.
Mais cedo, o deputado estadual Leonel Radde divulgou em suas redes o momento em que os terroristas chegaram ao presídio. "Chegada dos terroristas Bolsonaristas na Papuda, o seu novo acampamento. E lembrando: meninos da papuda e meninas na colmeia!", ironizou Radde.
Ao chegaram aos respectivos presídios, homens e mulheres golpistas passaram por triagem médica e logo receberam colchões, uniformes e um kit higiene contendo sabonete, pasta e escova de dente. Na Colmeia, onde estão as mulheres, ainda foram entregues absorventes - os mesmos negados por Bolsonaros a estudantes de baixa renda durante sua gestão. Os presos bolsonaristas estão sem acesso aos seus celulares e separados dos presos comuns. Também serão alimentados quatro vezes ao dia e poderão tomar um banho de sol diário.