O perfil oficial e o site do Instituto Lula divulgaram textos, nesta quinta-feira (29), para desmentir uma reportagem do Estadão, publicada pela manhã, sobre supostos sigilos impostos aos doadores da entidade.
"Alvo da Lava Jato por doações da Odebrecht, Instituto Lula mantém sob sigilo nome de doadores", diz o título da matéria. Através das redes sociais, a chefe da sucursal do Estadão em Brasília, Andreza Matais, cobrou: "Lula diz que vai abrir os sigilos do Bolsonaro Poderia começar abrindo os do seu instituto".
O perfil do Instituto Lula no Twitter, então, respondeu à jornalista. "Não tem sigilo, Andreza. São 366 doadores, que participaram da vaquinha e no ano passado doaram o equivalente a menos de R$ 125 por mês cada um. A matéria tem erros, vale checar", diz a postagem.
A publicação contém um link que redireciona a um texto publicado no site do instituto, que diz: "Matéria publicada hoje no Estadão mente ao dizer que o Instituto recebeu terreno da Odebrecht e cria um sigilo fictício de doadores do Instituto. No ano passado, o Instituto recebeu R$ 542.719,14 em doações, provenientes de pessoas físicas. Foram 366 doadores, o que representa uma contribuição mensal menor do que R$ 125 por mês para cada doador".
"Não tem sigilo. Todas as doações são devidamente documentadas e declaradas. Essa vaquinha é fruto da solidariedade de cidadãos que permitiu que o Instituto seguisse funcionando mesmo sob as injustiças da Lava Jato", prossegue o instituto que leva o nome do ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas de intenção de votos na disputa pelo Palácio do Planalto.
A reportagem do Estadão, além de colocar sob suspeita as doações, ainda cita duas acusações relacionadas à Odebrecht contra o instituto que foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"As acusações sem provas citadas na matéria foram todas anuladas. O Instituto funciona há 32 anos no mesmo sobrado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Nunca recebeu terreno e nem cogita mudar de endereço", finaliza a entidade, disponibilizando um link para quem tem interesse em fazer doações.