O pagodeiro Leandro Lehart, líder do consagrado grupo Art Popular, um dos mais importantes do gênero nos anos 90, foi condenado nesta sexta-feira (16) a 9 anos e 7 meses de prisão por estupro e cárcere privado contra uma mulher. O crime teria ocorrido em outubro de 2019.
“Condeno o réu Paulo Leandro Fernandes Soares pelos crimes de estupro e cárcere privado, previstos nos arts. 213, caput, e 148, § 2º, do CP, à pena de 9 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão e 24 dias-multa, em regime inicial fechado, nos termos da fundamentação supra. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais. O réu poderá apelar em liberdade”, escreveu em sua sentença o juiz da 17ª Vara Criminal de São Paulo.
De acordo com os dados do processo, a vítima teria conhecido Lehart pelas redes sociais e marcado um encontro na casa do músico. Lá, ele teria forçado uma relação sexual com ela, que, apavorada com o estupro, ficou descontrolada e muito agitada. O autor teria, então, determinado que a mulher não saísse da residência, o que só poderia ocorrer “depois que se acalmasse”.
Funcionária do sistema de transporte público da capital paulista, a vítima entrou em processo de depressão grave, precisou sair do emprego e tentou se suicidar, como resultado do forte processo de estresse pós-traumático que a abateu.
Leandro Lehart poderá recorrer da decisão em liberdade e somente cumprirá a pena de reclusão se a decisão se mantiver em todas as instâncias recursais cabíveis.