Gustavo Gomes Kalil, juiz do 4º Tribunal do Júri, determinou a prisão de Paulo César de Souza Albuquerque, sargento-bombeiro. Ele atirou em um atendente do McDonald´s, na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O crime ocorreu no dia 9 de maio.
Por enquanto, o bombeiro ainda não foi localizado. Porém, agentes policiais apreenderam o veículo da marca Mercedes, que estava com Paulo quando ele atirou no rapaz.
A vítima, Matheus Domingues Carvalho, de 21 anos, teve alta nesta quarta-feira (18). Ele ficou dez dias internado para tratar do ferimento na barriga causado pelo disparo. O rapaz foi submetido a uma cirurgia, perdeu o rim esquerdo e sofreu ferimentos no intestino.
Ângelo Lage, delegado responsável pelo caso, informou que o tiro provocou uma lesão na coluna, que afetou o movimento das pernas de Matheus.
“Ficou bem claro para a gente que realmente o tiro foi à queima-roupa. Ele tem uma lesão de queimadura na pele. Inclusive, um fato novo é que o pedaço do projétil acertou a coluna dele também e ele está com uma lesão na coluna que está afetando o movimento das pernas dele”, declarou, em entrevista à TV Globo.
Entenda o caso
Paulo Sérgio foi à unidade do McDonald´s comprar um lanche e tentou usar um cupom de desconto depois que o pedido já tinha sido finalizado. Ao ser informado por Matheus que não seria possível utilizá-lo, já que o tíquete deveria ter sido apresentado antes de encerrar o procedimento, o sargento agrediu o rapaz com socos, sacou uma arma e o baleou.
O rapaz foi socorrido rapidamente e encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, próximo da região onde o crime ocorreu.
Imagens das câmeras de segurança do McDonald’s, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, mostram o momento em que o sargento chega à unidade. Matheus está dentro da cabine de atendimento da lanchonete e, após uma aparente discussão, o militar desfere um soco no funcionário, que reage às agressões.
A partir daí o acusado entra na loja acompanhado de um outro homem e vai atrás do rapaz. Não há gravações do momento do disparo, sendo possível ver apenas outros funcionários correndo apavorados.
Segundo a família da vítima, o atendente é natural de Minas Gerais e está no Rio há cinco anos, onde pretende trabalhar para juntar dinheiro e terminar a faculdade de veterinária, que é seu grande sonho.