Uma engenheira civil de 29 anos morreu, em Belo Horizonte, depois de se submeter a uma cirurgia plástica para implantar próteses de silicone nos seios e passar por uma lipoaspiração na cintura. A mulher era moradora de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais.
Segundo o boletim de ocorrência, após 6 horas de cirurgia, Júlia saiu do bloco cirúrgico e foi para o quarto. Uma familiar dela, que a acompanhava, contou aos policiais que foi impedida de ficar no local.
Horas depois, o cirurgião plástico Renato Nelson, responsável pelos procedimentos, comunicou à família que a paciente estava passando bem, descansando, mas que teve uma perda de consciência e foi necessário um procedimento de reanimação.
Ela precisou ser transferida para um hospital em Belo Horizonte, onde ficou internada até o dia 10 de abril. Neste mesmo dia, Júlia foi levada para um segundo hospital "com quadro irreversível, tendo evoluído para a morte encefálica, confirmada no dia 22 de abril", segundo o familiar da vítima à polícia. O corpo foi sepultado no dia (25) no cemitério de João Monlevade.
"Desde o acontecido eu não como e não durmo. Minha vida acabou, o que me dá força é Deus e minha família. Conversei com minha filha na manhã do dia da cirurgia com a saúde perfeita, à tarde ela já estava entubada no CTI em estado grave".
A declaração é de Patrícia Carneiro de Morais de 51 anos, mãe da engenheira civil ao portal G1.
Procurada, a defesa do local disse que "a clínica não vai se manifestar neste momento".
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica acompanha o caso
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Minas Gerais (SBCP-MG), disse que está "acompanhando as apurações pelos órgãos competentes e cuidará para garantir a transparência nas informações".
Segundo o órgão, o cirurgião responsável pelo procedimento é habilitado, "tendo cumprido todas as etapas de formação e possui Registro junto ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) e título de especialista em Cirurgia Plásticas".