A ex-deputada federal Flordelis continuará na cadeia pelo menos até ir a júri popular em duas semanas. A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, por unanimidade, a manutenção da prisão preventiva da ex-parlamentar, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
O assassinato a tiros aconteceu em 2019, em Niterói, na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro.
O advogado de defesa de Flordelis havia solicitado a revogação da prisão por supostos vícios processuais. Ela foi presa em agosto de 2021 e aguarda julgamento.
O ministro Antônio Saldanha Palheiro, relator do processo, se manifestou favoravelmente à manutenção da prisão preventiva e refutou problemas na condução dos procedimentos, de acordo com a Carta Capital.
Com um julgamento que durou 21 horas, o Tribunal do Júri de Niterói absolveu, no dia 13 de abril de 2022, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo da ex-deputada, pela morte de Anderson do Carmo.
Carlos Ubiraci respondia pela acusação de homicídio triplamente qualificado. Porém, ele foi condenado por associação criminosa.
Outros três filhos de Flordelis também foram julgados: Adriano dos Santos Rodrigues, Marcos Siqueira e Andrea Santos Maia (companheira de Marcos Siqueira). Todos eles foram condenados por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada.
O documento falso em questão foi uma carta forjada pelos filhos para inocentar Flordelis.
Filhos de Flordelis já foram condenados
O júri determinou as seguintes penas: Adriano dos Santos, quatro anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto; Andrea Santos Maia: quatro anos, três meses e dez dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto; Carlos Ubiraci Francisco da Silva: dois anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto; Marcos Siqueira Costa: cinco anos e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado.