A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (25) uma das proprietárias da Escola de Ensino Infantil Colmeia Mágica, localizada na zona leste paulistana. A pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme, 37, foi presa em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. A pedagoga é investigada por maus-tratos e tortura contra criança.
A polícia havia pedido a prisão preventiva de Fernanda na semana passada, e a Justiça concordou. Ela foi encaminhada para a Cadeia Pública de Itaquaquecetuba, onde permanecerá à disposição do poder judiciário.
Fernanda é irmã da diretora da escola Roberta Serme, que permanece foragida até a última atualização desta reportagem. A Justiça havia decretou a prisão temporária por 30 dias de Roberta em 22 de março, porém, a polícia já pediu a conversão para preventiva. A Justiça aceitou o pedido.
Além das irmãs Fernanda e Roberta, a auxiliar de limpeza da creche, Solange da Silva Hernandez, de 55 anos, também já havia sido indiciada anteriormente pela investigação. As três respondem por maus-tratos, tortura, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento contra crianças. Solange responde pelos crimes em liberdade. As informações são do portal G1.
Entenda o caso
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram crianças chorando amarradas e imobilizadas, com os braços presos por panos.
As imagens revoltantes apresentam as crianças dentro de um banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebês, colocadas no chão, embaixo de uma pia e próximas à privada.
A Escola de Ensino Infantil Colmeia Mágica atendia crianças com menos de 1 a 6 anos de idade. O estabelecimento já tinha sido investigado, há dois anos, pela polícia por suspeita de maus-tratos contra um aluno. E, em 2010, uma aluna chegou morta ao hospital após ter passado mal dentro da unidade escolar.
Uma mãe identificou o filho de quase 2 anos nos vídeos que circulam na internet. Ela já prestou depoimento à polícia.
“Identifiquei meu filho em dois vídeos. O primeiro, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas, e no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala no escuro”, declarou, em entrevista ao G1.
Ela afirmou, ainda, que o filho “vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro, sabe. Nós achávamos que era de desenvolvimento dele, mas hoje com todas essas informações sabemos que é devido à forma que ele era tratado. Ele estudava lá desde os 11 meses”.