Uma mulher indígena, da tribo Pataxó HãHãHãe, de 31 anos, que assistia a um show público no aniversário da cidade de Pau Brasil, no Sul da Bahia, na noite da última segunda-feira (18), foi violentamente espancada a golpes de cassetete por policiais militares que faziam a segurança do evento. A cena de horror e covardia foi registrada por espectadores da festa e viralizou nas redes sociais, provocando indignação.
Acompanhada do marido, Priscila Muniz conta que em certo momento da apresentação resolveu mudar de lugar em meio ao público e então passou bem perto de uma equipe da PM, que não teria gostado da aproximação. Os agentes de segurança, então, teriam simplesmente começado a sessão gratuita de pancadas contra o casal. De fato, as imagens gravadas mostram as agressões com cassetetes de madeira maciça começando sem qualquer motivo, num lugar tranquilo, no qual não havia confusão alguma.
"Agredir uma pessoa assim sem ela ter feito nada é abuso de poder", disse a vítima, que acabou com um grave ferimento na cabeça, onde precisou tomar vários pontos. Ela e o marido ainda ficaram com inúmeros hematomas e lesões nos braços e nas pernas.
O líder da comunidade indígena, Cacique Nailton, conta que foi ao Complexo Policial do Município de Pau Brasil registrar a ocorrência e exigir providências contra a arbitrariedade dos PMs, enquanto Priscila e o companheiro fizeram exames de corpo de delito no IML de Itabuna.
O Comando da Polícia Militar da Bahia, segundo o jornal Correio da Bahia, não quis se pronunciar sobre o absurdo ocorrido, enquanto a Polícia Civil informou que à reportagem local que a ocorrência sobre o caso não foi localizada nos arquivos da instituição.
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