O Grupo Prerrogativas ingressará em breve na Justiça contra o ex-juiz e ex-presidenciável Sergio Moro (União Brasil-SP). O objetivo é fazer com que ele responda pelos prejuízos que causou por conta de sua atuação parcial e suspeita no comando da Lava Jato.
O advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, disse que Moro, à frente da 13ª Vara de Curitiba, em conluio com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, deixou no país “um rastro luminoso de destruição e miséria”.
“Mais de 4 milhões de desempregados, mais de R$ 172 bilhões que deixaram de ser investidos e outros quase R$ 50 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos por conta de desestruturação de setores importantes da indústria nacional, notadamente a construção civil, a indústria de petróleo e gás e a indústria naval. Ele precisa responder pelos crimes que cometeu”, avaliou Marco Aurélio à Fórum.
Segundo ele, os integrantes do Prerrogativas estão estudando medidas judiciais para buscar as respectivas responsabilizações pelos crimes que foram cometidos contra a soberania nacional. Os advogados estão pensando em alguma iniciativa, que, provavelmente, será uma ação popular.
“Registramos, entretanto, que em nenhuma circunstância deixaremos de defender para ‘Chico’ e para ‘Francisco’ os princípios da presunção de inocência, do devido processo legal e do contraditório. Moro e seus asseclas terão oportunidade de se defender. Talvez assim possam começar a valorizar a atividade da advocacia, que eles tanto desprestigiaram nas funções que ocuparam”, destacou.
“A ideia é que, realmente, eles paguem pelos crimes que cometeram. Os prejuízos são quase que irreparáveis e qualquer eventual responsabilização não será suficiente para reparar os prejuízos que eles provocaram do ponto de vista econômico e, também, do ponto de vista político e social causados por Moro, Deltan Dallagnol e cia”, reforçou Marco Aurélio.
Advogado diz que nenhuma indenização é capaz de devolver ao país os prejuízos causados por Moro
O advogado ressaltou que nenhuma indenização será capaz de devolver ao país esses prejuízos e muito menos o provocado pela retirada de Lula das eleições de 2018.
“O ex-presidente Lula foi privado do direito de concorrer e nós todos fomos privados do direito de escolhê-lo. Nenhuma indenização será capaz de devolver uma hora sequer dos 580 dias em que o ex-presidente foi privado de sua liberdade em um cárcere político no qual foi enviado, com objetivo eleitoral. Nenhuma indenização será capaz de nos ressarcir dos prejuízos provocados pelo resultado dessas eleições”, afirmou.
“Isso trouxe para o país uma triste realidade de quase 700 mil mortos pela Covid-19. Uma realidade na qual estamos mergulhados por ações e omissões criminosas desse governo genocida que foi colocado na presidência da República, entre outras coisas, pela ação da força-tarefa da Lava Jato”, completou Marco Aurélio.