Servidores das forças de segurança de Minas Gerais, como policiais e bombeiros, realizaram na tarde desta quarta-feira (9), em Belo Horizonte (MG), mais uma manifestação reivindicando reajuste salarial. A categoria havia acordado com o governador Romeu Zema (Novo) um reajuste de 24%, mas a alteração efetivada foi de apenas 10%. O protesto foi marcado por ilegalidades e violência.
Durante o ato, que aconteceu na Praça da Estação, na capital mineira, servidores da segurança atiraram bombas de efeito moral e bloquearam o trânsito. A atitude desrespeitou decisão judicial proferida na terça-feira (8) pela 1ª Vara da Fazenda Pública da cidade, que proibiu a queima de objetos, porte e a utilização de armas, foguetes e bombas na manifestação.
Em meio à violência, a repórter Laura França, da TV Band Minas, sofreu um trauma auditivo por conta de uma bomba que estourou ao seu lado, perdendo a audição temporariamente. A jornalista foi encaminhada ao hospital e precisará passar por novos exames.
A emissora informou, ainda, que outro jornalista, Caio Tácia, foi hostilizado por policiais e alvo também de uma bomba. "A Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exige responsabilidade das categorias envolvidas no ato e solicita o acompanhamento do caso pelo governo de Minas, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)”, diz nota da empresa de comunicação.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de MG, por meio de comunicado oficial, informou que "serão apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do Ministério Público de Minas Gerais no tocante à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança, realizadas em Belo Horizonte".
Em fevereiro, durante protesto das forças de segurança, um repórter do G1 foi hostilizado e ameaçado por policiais militares em greve.
Confira abaixo vídeos do ato