O vitiligo, doença que se caracteriza pela perda de coloração da pele, voltou a ser discutido com mais intensidade após a modelo e empresária mineira Natália Deodato, de 22 anos, que não esconde o corpo por conta do problema, entrar para o programa Big Brother Brasil 22, da Rede Globo.
Em uma postagem sobre o assunto, publicada neste domingo (6), Natália afirma: "Quando eu comecei a me aceitar com vitiligo, eu coloquei na minha cabeça que eu não mereço menos, eu não sou diferente das pessoas porque eu tenho vitiligo, muito pelo contrário, comecei a me achar tão merecedora quanto."
Após a entrada da modelo no programa, pessoas com a doença tomaram as redes afirmando que se sentiram representadas e que a sua participação colabora para diminuir o preconceito contra o vitiligo.
O que é o vitiligo
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo é caracterizado pelas lesões que se formam na pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células que formam a melanina, pigmento que dá cor à pele).
“As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença”, afirma a entidade médica.
O vitiligo é prevalente em 0,1% a 2% da população mundial e, no Brasil, esse percentual corresponde a 0,54%, o equivalente à população de um município como Campinas, em São Paulo, de acordo com estimativas publicadas no periódico médico Pigment Cell & Melanoma Research.
A doença não é infecciosa, mas não tem cura, apesar de contar com tratamentos eficazes que podem trazer de volta a coloração da pele. Especialistas afirmam que a resposta ao tratamento depende de diversos fatores, variando de pessoa pra pessoa e do quanto mais no início da doença ele for iniciado.
Cuba desenvolveu medicamento
O médico cubano Carlos Cao Miyares, publicou em 1976 um estudo mostrando que o medicamento Melagenina Plus, que acabara de inventar, apresentava sucesso em até 88% dos portadores de vitiligo.
O Melagenina é composto de extrato alcoólico de placenta humana e cloreto de sódio. Ele é produzido pelo Centro de Histoterapia Placentária de Cuba e exportado para todo o mundo.
Apesar do medicamento ser exportado desde então, ele traz uma variável comum à doença, ou seja, pode funcionar para algumas pessoas e para outras não. O registro da Melagenina foi cancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2009, sendo proibida a comercialização e importação. O remédio pode, no entanto, ser importado, mediante prescrição médica, em caráter excepcional. Veja mais informações aqui.
Com informações do UOL e Cuba Mundo Médico