O ato “Justiça por Moïse”, juntou centenas de pessoas a partir das 10h deste sábado (5), em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, local onde o congolês Moise Mugenyi Kabagambe, brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro.
Manifestantes atacaram o quiosque e retiraram o letreiro. Em um carro de som, onde estavam parentes de Moïse, organizadores pediram que o ato seguisse de forma pacífica, e os ânimos se acalmaram.
Memorial para Moïse
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, que vai transformar os quiosques Biruta e Tropicália, na Barra da Tijuca, local onde ocorreu o brutal assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.
O prefeito Eduardo Paes completou a informação através de sua conta do Twitter: “e a melhor notícia: a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque! Não à banalização da barbárie!”.
“Não vivemos em um estado de barbárie”
A deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ), que preside a Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), enviou ofício à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) cobrando “atenção ao assassinato bárbaro do jovem congolês Kabagambe, de 24 anos” e neste domingo (6), se juntou a milhares da fluminenses e refugiados para protestar na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
“É inconcebível que pessoas se considerem tão acima de tudo e que se juntem para barbarizar um jovem negro, que já fugiu da violência em seu país, quando este veio cobrar seu direito de trabalhador. Moïse era um jovem, negro, trabalhador, refugiado e teve todos os seus direitos suprimidos, inclusive o direito à vida, o que torna urgente que as autoridades do nosso estado respondam a este crime hediondo. Não vivemos em um estado de barbárie", declarou Mônica Francisco.