A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, que vai transformar os quiosques Biruta e Tropicália, na Barra da Tijuca, local onde ocorreu o brutal assassinato do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.
O prefeito Eduardo Paes completou a informação através de sua conta do Twitter: “e a melhor notícia: a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque! Não à banalização da barbárie!”
Celebrar a cultura
De acordo com a prefeitura, a reformulação dos quiosques pretende celebrar a “cultura e alegria do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, e trazendo a oportunidade de empregar refugiados que vivem na cidade”.
O secretário Pedro Paulo afirmou que “o que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social”.
Rovai antecipou ideia
O editor da Fórum, Renato Rovai, deu ideia semelhante durante o programa “Fala, Rovai” que foi ao ar no dia 1º de fevereiro, logo após a Polícia Civil avisar que estava investigando o caso. Na ocasião, Rovai sugeriu que no local do quiosque fosse erguida “uma estátua em nome de todos os assassinatos e do Moïse”.
Veja o vídeo abaixo:
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