O presidente Jair Bolsonaro anunciou na tarde desta quinta-feira (3) que 11 de seus ministros deixaram os cargos em 31 de março, data que marca os 58 anos do Golpe Militar de 1964, para disputarem as eleições de outubro deste ano.
A informação sobre a reforma ministerial foi passada pelo chefe de Estado de extrema direita antes o encontro com presidente peruano Pedro Castillo, realizado esta tarde em Porto Velho, capital de Rondônia.
Sem revelar nomes, o ocupante do Palácio do Planalto confirmou que anteriormente havia dito que este número seria de 12 chefes de pastas, mas corrigiu dizendo que são 11 e que naturalmente precisará nomear "ministros-tampão" para o resto de seu mandato.
"Nós temos, previstos, 11 ministros que vão disputar a eleição. Obviamente, vamos ter ministros-tampão. Tenho um profundo apreço pelo Rogério, isso a gente pode conversar, mas nada decidido ainda com ninguém", disse Bolsonaro, em referência ao senador rondoniano Marcos Rogério (PL-RO), que o acompanhou durante toda a visita ao estado.
"Para evitar a ciumeira. Dia 31 de março, um grande dia, é um pacotão: 11 saem e 11 entram. Da minha parte, vocês só vão saber via Diário Oficial da União", concluiu o líder ultrarreacionário, fazendo uma referência vergonhosa ao dia do golpe de Estado que mergulhou o Brasil em 21 anos de ditadura.