Vieram à tona nesta terça-feira (1) as imagens da câmera de segurança do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), onde o refugiado congolês Moïse Mugenyi foi assassinado a pauladas após cobrar pagamento de dois dias de serviço no local.
No vídeo, obtido pelo jornal Extra e já sob análise da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso, é possível ver que três homens espancam Moïse com chutes, socos e pauladas. As imagens mostram ainda que os agressores amarram o congolês pelos pés e mãos com pedaços de fio.
Após algum tempo de espancamento, uma mulher ainda se junta aos homens que agrediam Moïse para tentar reanimá-lo com uma massagem cardíaca. O refugiado, no entanto, morreu em decorrência das agressões.
Assista ao vídeo [ATENÇÃO, IMAGENS FORTES]
Um dos suspeitos se entregra
Um dos homens que participaram do assassinato de Moïser se entregou à polícia nesta terça-feira (1).
O suspeito, que não teve a identidade revelada, se apresentou na 34ª Delegacia de Polícia de Bangu e depois foi encaminhado à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, onde permanece detido.
Também nesta terça-feira, a prefeitura do Rio suspendeu o alvará de funcionamento do quiosque Tropicália. O dono do estabelecimento deve prestar depoimento à polícia até esta quarta-feira (3).
Polícia faz "proteção" do quiosque
Uma viatura da PM foi filmada na manhã desta terça-feira (1º), estacionada em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, local onde o congolês Moïse Mugenyi, foi assassinado a pauladas após cobrar pagamento de dois dias de serviço no local.
As imagens, postadas pelo SBT Rio, vieram com a legenda: “carro da polícia militar está em frente ao quiosque Tropicália. O local segue fechado. Hoje um funcionário chegou a abrir uma das janelas do estabelecimento, mas depois foi embora.”
Internautas ligaram o fato com uma hipotética proteção de policiais ao local. “PM fazendo a segurança do quiosque. Sem a menor vergonha do papel canalha que cumprem na sociedade”, escreveu um. Outro retuitou o vídeo e afirmou: “Alguma dúvida sobre a quem pertence o quiosque do assassino racista?”
Assassinato
Moïse foi espancado na última segunda-feira (24) até a morte com pedaços de pau por um grupo de 3 homens na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.
O estrangeiro veio ao Brasil com a família em 2014 para fugir da fome e da guerra no Congo.