George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, o terrorista bolsonarista “doidão” preso em Brasília no último sábado (24) após deixar bomba caseira próxima do aeroporto de Brasília, foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda neste domingo (25). O suspeito teve a sua prisão convertida em preventiva.
De acordo com apuração do Metrópoles, a transferência de Washington para a Papuda estava prevista para os próximos dias e foi antecipada por questões de segurança. Ele confessou que planejava um atentado contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo dia primeiro de janeiro.
O homem foi encontrado, em apartamento alugado na capital federal, com um verdadeiro arsenal. Gerente de um posto de gasolina no interior do Pará, Washington tem uma licença de CAC (caçador, atirador esportivo e colecionador) emitida em outubro de 2021. De acordo com seu depoimento, desde então gastou mais de R$ 160 mil em pistolas, fuzis, carabinas e munições.
“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo que um povo armado jamais será escravizado”, declarou o suspeito.
“Não vou te visitar na Papuda”
O Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, para onde Washington foi transferido, ficou conhecido nacionalmente em primeiro de fevereiro de 2017 quando Eduardo Bolsonaro, terceiro filho de Jair Bolsonaro (PL) estaria viajando aos Estados Unidos. Na ocasião ele faltou na votação para presidente da Câmara dos Deputados, quando seu pai era um dos candidatos. O episódio popularizado como "não vou te visitar na Papuda" ficou famoso porque Jair foi flagrado dando bronca em Eduardo pelo Whatsapp.
Dias depois, eles criaram a desculpa de que Eduardo estaria na Austrália no dia da votação. Tudo indica que mentiram e que Eduardo estava, de fato, no Havaí. Não há postagens no Instagram de Eduardo Bolsonaro que comprovem que ele tenha passado pela Austrália. Mas em maio de 2022, o deputado Delegado Waldir, que votou em Jair Bolsonaro em 2017 para presidente da Câmara, disse que Eduardo Bolsonaro estaria “fumando maconha no Havaí” no dia da votação da Câmara.