O recente massacre ocorrido em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, lamentavelmente inspirou mais um caso semelhante, em Ubá, Minas Gerais.
A Polícia Militar (PM) local apreendeu um adolescente de 14 anos dentro da Escola Estadual Camilo Santana. O jovem tinha na mochila uma machadinha e um martelo. Segundo a PM, havia, ainda, um bilhete afirmando que ele cometeria um massacre no colégio.
Querem nos calar! A Fórum precisa de você para pagar processos urgentes. Clique aqui para ajudar.
As autoridades informaram que havia um caderno com desenhos de como ele praticaria o massacre. O adolescente relatou que a motivação do crime seria sua infelicidade em relação à escola, à família e à vida. Além disso, admitiu que teve a ideia após saber dos atentados de Aracruz, que deixou três professoras e uma menina de 12 anos mortas.
O jovem declarou estar arrependido, pediu para ser internado e continuar o tratamento psicológico que já faz, de acordo com o Globo.
Durante a investigação, a polícia encontrou, nas redes sociais, instruções de como executar o crime. O adolescente revelou que não tinha um alvo específico e que escolheria as vítimas de forma aleatória.
O objetivo foi frustrado, depois que a escola foi avisada por mães de alunos que seus filhos viram as armas e ouviram o adolescente anunciar a intenção do crime.
O conselho tutelar foi acionado, assim como a família do jovem, que foi representada por uma tia.
A vice-diretora do colégio, Fabiana Caneschi, usou as redes sociais para divulgar o caso e destacou que “a escola continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de violência ou que fira a dignidade dos alunos”.
Secretaria de Educação diz que vai acompanhar o caso
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), em nota, ressaltou que uma equipe multidisciplinar, com apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), irá acompanhar o caso.
“A SEE/MG salienta que desenvolve e estimula a realização de ações de prevenção e combate à violência no ambiente escolar, por meio do Programa de Convivência Democrática, que procura defender e garantir a cultura de paz nas escolas, promover o respeito, um ambiente acolhedor e a mediação de conflitos. Além disso, conta com importante parceria da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para propiciar um ambiente cada vez mais seguro aos alunos da rede estadual".