O policial penal federal bolsonarista Jorge José Guaranho, assassino do guarda-civil Marcelo Arruda, que era dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR), irá a júri popular. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (1°) pelo juíz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal do município paranaense, que aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público.
A acusação imputada ao réu é de homicídio duplamente qualificado, mas em relação à decisão que definiu que Guaranho será submetido a um júri popular, ainda cabe recurso.
Arguello considerou na sua decisão que o bolsonarista foi propositalmente ao local onde ocorria a festa de 51 anos de Arruda, sabendo que lá estariam “pessoas que teriam opinião política ideológica diversa” e que o fez “com o aparente fim de antagonizar, confrontar”.
“Tal cenário ganha maior destaque ao se constatar a divisão da sociedade em posições políticas antagônicas, mesmo após findado o segundo turno da eleição presidencial”, ainda acrescentou o magistrado.
Guaranho também ficou ferido, já que Arruda reagiu a tiros ao ataque armado do policial penal bolsonarista, e desde que saiu do hospital, em 13 agosto, ele segue preso no Complexo Médico Penal, no município de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.