A baderna golpista promovida por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado da eleição presidencial está próxima do fim. Desde a madrugada de segunda-feira (31), após a divulgação dos resultado do segundo turno que deu a vitória a Lula (PT), bolsonaristas vêm promovendo bloqueios criminosos em rodovias pelo país.
Na própria segunda-feira, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, havia determinado que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares estaduais dispersem todos os bloqueios bolsonaristas de rodovias sob pena de multa pessoal ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, no valor de R$ 100 mil diários para o não cumprimento da decisão.
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Apesar da anuência de alguns policiais para com os golpistas, a maioria dos atos que vêm bloqueando rodovias federais já foi dispersado. Segundo balanço divulgado pela PRF às 15h51 desta quinta-feira (3), ao todo foram desfeitas 921 manifestações golpistas e perduram, ainda, 30 interdições parciais de estradas e apenas 2 bloqueios com fluxos totalmente impedidos.
O balanço mais atualizado da corporação dá conta, ainda, de que a maior parte dos atos antidemocráticos que perduram estão concentrados nos estados do Mato Grosso (9 interdições), Pará (6 interdições), Rondônia (8 interdições) e Santa Catarina (4 interdições).
Em São Paulo, segundo a Polícia Militar do estado, não há mais nenhuma rodovia totalmente bloqueada e apenas 12 estradas com interdição parcial.
Transição de governo avança
Enquanto as manifestações golpistas vão arrefecendo, a transição de governo segue avançando. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (3) que a transição de governo "já começou". Escolhido pelo presidente eleito Lula (PT) para liderar o processo transitório, o ex-governador concedeu coletiva de imprensa, de dentro do Palácio do Planalto, após reunião com Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e nome do atual presidente para conduzir a transição por parte do governo atual.
“A conversa foi muito proveitosa, objetiva. A transição já começou. Todo o fluxo de informações foi conversado também. E a transição será instalada com o objetivo da transparência, do planejamento e de continuidade da prestação de serviços à população", disse Alckmin, ao lado do ex-ministro Aloízio Mercadante (PT) e da presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann - que também participaram do encontro.