Eva Cristina Dias tinha 36 anos e vivia na cidade de Araras, no interior paulista. Ela estava acompanhada, na madrugada de domingo (20), de uma amiga e de um homem que não teve sua identidade revelada, numa rua do bairro Jardim José Ometo, quando resolveu tirar uma selfie com a pistola 9mm Taurus que seu acompanhante portava, já que ele tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador).
Com a arma apontada para cima, mas com a cabeça na linha de tiro, Eva acionou acidentalmente o gatilho e a pistola disparou, a acertando no crânio. Ela chegou a ser socorrida com vida num pronto-socorro do município, após a Polícia Militar e o Resgate do Corpo de Bombeiros serem acionados, mas morreu minutos depois.
O dono da arma, de 30 anos, apresentou os documentos da pistola para os PMs, assim como seu registro de CAC, mas como não tinha autorização para portar especificamente aquela Taurus 9mm, acabou sendo preso em flagrante, ainda que tenha pagado fiança de R$ 3 mil para ser liberado na sequência.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou por meio de nota que o caso foi registrado como porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e homicídio culposo.
O delegado Edgar Albanez, responsável pela ocorrência, disse ao portal g1 que o dono da arma, embora fosse CAC, aparentemente não tinha familiaridade com a pistola e sequer sabia manuseá-la para descarregar as balas. A autoridade policial falou ainda da irresponsabilidade de pessoas com esse tipo de registro que saem por aí armadas colocando todos em perigo.
“Armas de fogo não são para serem fotografadas ou exibidas, são destinadas apenas à defesa pessoal e para pessoas que gostam para esporte. Mas essas pessoas têm que se conscientizar que elas só podem usar no esporte, em estandes especializados, com muito treinamento e não pode uma pessoa ser CAC e transportar a arma fora do roteiro previsto e de onde a lei autoriza”, disse Albanez.