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PF caça “Sheik das bitcoins” que teria dado golpe em filha de Xuxa

Investigação apura esquema de fraudes que teriam movimentado quase R$ 4 bilhões

PF caça “Sheik das bitcoins” que teria dado golpe em filha de Xuxa.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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A Polícia Federal do Paraná cumpre nesta quinta-feira (6) 20 mandados de busca e apreensão contra um grupo empresarial suspeito de envolvimento em golpes com criptomoedas no Brasil e no exterior. 

O alvo prioritário da operação da PF é o empresário Franscisley Valdevino da Silva, o Francis Silva, dono da Rental Coins e de outras cem empresas. Ele também é conhecido como o "sheik das criptomoedas". 

A operação recebeu o nome de Poyais e mobiliza cerca de 100 agentes da PF. Além de Curitiba, a ação também ocorre em Santa Catarina e Rio de Janeiro. O inquérito, que foi aberto com base em investigações de autoridades estadunidenses, apura um esquema de fraudes que teriam movimentado quase R$ 4 bilhões. 

Segundo a PF, o objetivo da operação desta quinta é aprofundar a prática de crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, de estelionato, lavagem transnacional de dinheiro e organização criminosa. 

Francis Silva, o "Sheik das bitcoins”, é suspeito de montar um esquema de pirâmide financeira disfarçada de aluguel de bitcoins de clientela. 

Além disso, a PF informa que as investigações contra a organização do “Sheik das bitcoins” foram iniciadas em março de 2022 após o envio, feito por meio da Interpol, de informações e solicitação passiva de cooperação policial internacional da Homeland Security Investigations, por meio da Embaixada dos EUA em Brasília. 

A partir do pedido internacional de cooperação, foi iniciada uma investigação em Curitiba que, inicialmente, descobriram que o "Sheik das bitcoins” possuía mais de cem empresas abertas no Brasil vinculadas a ele e ao seu grupo empresarial e que estaria lesando investidores no Brasil e no exterior. 

Posteriormente, as autoridades estadunidenses e a PF encontraram provas nos EUA que se somaram a outras das investigações brasileiras que motivaram o pedido judicial para interromper a atividade criminosa, rastreio do produto dos crumes e colheita de novas provas.

 

Sasha leva golpe de R$ 1,2 milhão em pirâmide de “Sheik” evangélico sócio de Malafaia


Sasha Meneghel, filha única da Rainha dos Baixinhos, a apresentadora Xuxa, e seu marido, o cantor gospel João Figueiredo, levaram um golpe de R$ 1,2 milhão num esquema de “pirâmide” disfarçado de “aluguel de criptomoedas”, que teria sido aplicado por Francisley Valdevino da Silva, que prefere ser chamado de Francis e atende pela alcunha de “Sheik” (dos Bitcoins). Eles se conheceram num culto evangélico e a partir dali passaram a tratar dos “investimentos”.

Francis, ou “Sheik”, é ligado ao campo evangélico e tinha grande influência nesse segmento religioso. Ele estimulava a transferência dos valores para “aplicações” prometendo até 13,5% de juros ao mês, um valor absolutamente irreal no mercado financeiros, onde boas aplicações, com o aumento das taxas de juros, têm obtido em torno de 1%. No caso do golpe aplicada em Sasha, a promessa era de um retorno de 8,5% ao mês.

 empresa constituída pelo acusado, que é investigado pela Polícia Federal por suspeitas de fraude contra o sistema financeiro nacional, a Rental Coins, segundo reportagem do diário carioca O Globo, teria também aplicado golpes em vários pastores e fiéis. Os processos movidos contra “Sheik” estão correndo na 14ª Vara Cível da Justiça do Paraná. 

 

Sócio de Silas Malafaia

 

Francisley Valdevino da Silva, o Francis, ou ainda “Sheik”, é tão influente e bem articulado no mundo evangélico que foi sócio do pastor bolsonarista ultrarradical Silas Malafaia numa empresa de “marketing de relacionamento multinível”, a AlvoX, que dava cursos na área de tecnologia para pessoas que querem se tornar empreendedoras em negócios com “valores cristãos”.


Sheik ostentação 

 

Um esquema de pirâmide disfarçado de “aluguel de criptomoedas” que teria dado um prejuízo de R$ 1,2 milhão a Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, praticado por Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Francis, ou “Sheik”, e que teria sido praticado amplamente nos círculos evangélicos brasileiros, contava com um elemento de persuasão bem alegórico e impressionante: dois baús cheios de ouro.

Segundo a reportagem do diário carioca O Globo, duas caixas-fortes, uma contendo barras de ouro de 1 kg, e outra com os chamados “zelts”, pequenas bolinhas do metal precioso de 10 gramas, eram expostas para os interessados em “investir” no esquema montado por “Sheik”, que prometia para os novos clientes um retorno de até 13,5% de juros ao mês, um valor estratosférico e totalmente fora dos praticados nos mercados de investimento, que com as altas taxas de juros atuais pagam até 1% para quem coloca suas economias nesses fundos legalizados.

Os baús seriam mostrados aos investidores numa sala do 10° andar do edifício onde funciona a Rental Coins, empresa de “Sheik”, em Curitiba, capital do Paraná. O pastor Silas Malafaia, bolsonarista de primeira hora e fiador do líder extremista entre as hostes mais radicais desse grupo religioso, segundo O Globo, seria um dos clientes da empresa fundada por Francis, embora o clérigo negue qualquer envolvimento com criptomoedas.

“Sheik” e Malafaia foram sócios numa empresa de “marketing de relacionamento multinível”, a AlvoX, que dava cursos na área de tecnologia para pessoas que querem se tornar empreendedoras em negócios com “valores cristãos”.