Morreu nesta quinta-feira (6) o primeiro brasileiro vítima da variante Ômicron do Sars-Cov-2, o coronavírus que causa a Covid-19. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (GO).
Trata-se de um homem de 68 anos que, embora estivesse vacinado com três doses dos imunizantes que previnem a forma grave da enfermidade, era hipertenso e portador de uma grave doença pulmonar obstrutiva crônica.
Nesses casos, mesmo protegidos com as duas doses do esquema vacinal primário além da dose de reforço, os pacientes ainda têm risco significativo de morte pela Covid-19, uma vez que não estão em condições de saúde normais.
A prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que foi realizado um estudo genômico no município recentemente que mostrou uma prevalência de 90% da cepa Ômicron entre os contaminados que procuraram os serviços públicos de saúde da cidade.
A informação sobre o primeiro óbito em decorrência da nova cepa viral foi confirmada horas depois também pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, que informou ter notificado o Ministério da Saúde sobre o ocorrido.
Situação da Ômicron no Brasil
Dados compilados por uma ampla pesquisa realizada pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), numa parceria inédita com os laboratórios Dasa e DB Molecular, mostrou que 92,6% dos casos positivos analisados no Brasil foram causados pela Ômicron.
Foram 337 amostras investigadas ao longo de sete dias (entre 26 de dezembro e 1° de janeiro). Num segundo momento, a partir do primeiro dia de 2022, os pesquisadores analisaram outras 32.946 ocorrências, em 415 municípios de 25 estados, que revelou a presença da Ômicron em 80 cidades de nove diferentes unidades federativas brasileiras (Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina).