Após um programa de redução da violência e letalidade policiais levado a cabo pelo governo do Estado de São Paulo, o número de pessoas mortas por PMs em serviço diminuiu 36% nos últimos sete meses, mas o que chamou a atenção foi a redução de vítimas fatais nos batalhões em que foram instaladas câmeras "grava tudo" nas fardas dos agentes: 85%.
Nas unidades policiais da capital, do interior e do litoral em que os PMs passaram a usar o equipamento durante todo o tempo de serviço nas ruas, em 2019 e 2020 foram registradas respectivamente 165 e 110 mortes em ocorrências, antes das câmeras, para agora, em 2021, com o registro de imagens, 17 mortes em supostos confrontos.
No caso do 1° Batalhão de Choque da PM Paulista, a Rota, considerada o grupo de elite da corporação e também o mais temido, a queda nas ações letais foi de 89%. Em 2020, foram 35 pessoas mortas em ações da unidade nos últimos sete meses do ano, enquanto no mesmo período de 2021, já com as lentes registrando tudo, foram 4.
Se a comparação das mortes registradas pela Rota já monitorada pelas câmeras for em relação a 2019, a redução é ainda maior, 92%, já que naquele ano foram 52 cidadãos que perderam a vida em abordagens no mesmo período de tempo.
"Nas demais unidades, que ainda não utilizam as câmeras corporais também verificamos uma redução acentuada da letalidade", acrescentou o porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, o major Rodrigo Cabral.