Paola Dino levou o filho de 11 anos na manhã desta terça-feira (25) para tomar vacina num posto de Saúde de Taubaté (SP), localizado no Jardim Mourisco, e não havia notado qualquer coisa incomum no procedimento até ver as imagens que gravou pelo celular.
A profissional responsável pela aplicação coloca a agulha da seringa no braço do menino, mas retira-a rapidamente e não aperta o êmbolo para que o líquido com o imunizante fosse injetado na criança.
"Eu sou mãe e surda. Ser não fosse esse vídeo, ninguém iria acreditar em mim. Foi minha filha de 9 anos que me pediu para gravar um vídeo. Ainda bem que gravei, na hora de aplicar eu vi o que aconteceu. Mas eu sou mãe igual uma leoa. Os pais têm que ficar alerta", revelou a mãe, que ficou indignada com a atitude da auxiliar de enfermagem.
Ao ser acionada, a direção da unidade de Saúde determinou que a criança recebesse uma nova dose, já que a anterior não teria sido aplicada.
O que diz a Prefeitura de Taubaté
A Prefeitura de Taubaté informou por meio de nota que o erro foi de natureza pontual e que todos os profissionais envolvidos na vacinação infantil contra a Covid-19 foram orientados quanto aos corretos procedimentos no processo de imunização.
"A Prefeitura de Taubaté esclarece que, antes de iniciar a campanha para esta faixa etária, toda equipe de enfermagem das 7 unidades envolvidas na vacinação das crianças recebeu orientação, de maneira pessoal e por escrito, sobre os procedimentos técnicos para aplicação da vacina", diz o texto.
Onda de “falsas aplicações”
Nos primeiros meses da vacinação contra a Covid-19 em adultos, inúmeros casos de “falsas aplicações” foram relatados Brasil afora. Nas imagens registradas por parentes e amigos, principalmente os idosos eram vítimas de picadas em que o líquido imunizante não era injetado, o que resulta evidentemente numa não proteção de quem recebe a agulhada.
Vários procedimentos de investigação e apuração foram abertos em prefeituras de praticamente todos os estados do país no primeiro semestre de 2021 para checar a conduta dos servidores que não injetavam as vacinas. Em muitos casos, negacionistas que militavam na causa antivacina bolsonarista deixavam de aplicá-las por puro alinhamento ideológico. Houve casos também em que as doses não aplicadas eram desviadas para outras pessoas.
Veja o vídeo: