Ana Carolina Lekker, modelo que foi capa da revista Playboy África, declarou que usou uma camiseta do ex-presidente Lula (PT) para mostrar “o que é importante para o Brasil” neste ano. Ela criticou o “fascismo” de Jair Bolsonaro (PL).
A modelo é rainha da escola de samba Unidos da Ponte, que integra o grupo de acesso no Rio de Janeiro. Ana Carolina mora em Barcelona, na Espanha, desde 2015, mas esteve no Brasil em dezembro de 2021 e afirmou ter ficado assustada com “a volta da miséria”.
“Eu vejo que Lula é uma pessoa que pode combater o fascismo do Bolsonaro, o que ele representa, que é uma ameaça à população negra, LGBTQIA+, indígenas e mulheres. Eu quis mostrar o que é importante para o Brasil e para mim neste ano. Cresci no governo Lula. Eu morava com meus pais e comecei a ter acesso a coisas simples que antes eram consideradas luxo”, destacou, em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Ela disse, ainda, que posar com a camiseta de Lula foi uma forma de mostrar seus ideais políticos. “Sim, eu sempre busquei usar a visibilidade que tenho para mostrar as coisas que eu acredito. O meu maior foco é tentar transformar as coisas para melhor. Uma vez que eu tenho espaço, eu quero mostrar a minha visão de mundo”.
Ana Carolina destacou, também, que mesmo morando fora do país ficava atenta ao comportamento de Bolsonaro. “Percebi que os governos [da Espanha e do Brasil] trataram a pandemia de formas diferentes. Lá, a população recebia um auxílio digno, nós tivemos lockdowns e principalmente autonomia. Se eu sentisse um sintoma, poderia ir à farmácia e comprar um teste rápido, coisa que ainda não é aprovada no Brasil, e fazer meu isolamento se o resultado fosse positivo. Mas o meu maior choque foi a volta da miséria. Parece que voltamos ao que o Brasil era antes do governo do PT”, ressaltou.
“O Carnaval é político, pois é um espelho do que é importante para a sociedade”
A modelo acrescentou que enxerga o Carnaval como uma manifestação política. “É muito mais do que é mostrado na avenida. Os projetos sociais que acontecem dentro da favela e são alimentados pelas escolas de samba, a arte que é feita na avenida… O Carnaval é um espelho do que é importante para a sociedade e é feito, em grande parte, por pessoas das comunidades. Então, sim, o Carnaval é político”, acrescentou Ana Carolina.