A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria, nesta quinta-feira (20), pela aprovação da CoronaVac para utilização em crianças de 6 a 17 anos. Até agora, somente a vacina da Pfizer estava sendo utilizada para imunizar pessoas nesta faixa etária.
Segundo a agência, a formulação e a posologia devem ser as mesmas da vacina aplicada em adultos, ou seja, duas doses em um intervalo de 28 dias. No entanto, a Anvisa não liberou o uso em crianças imunossuprimidas.
Votaram pela aprovação da CoronaVac a diretora relatora Meiruze Sousa Freitas e os diretores Rômison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos. Ainda votam na sessão: Cristiane Jourdan e Antônio Barra Torres.
Nas falas, os servidores do órgão citaram pesquisas que mostram que a CoronaVac é segura para crianças de 3 a 17 anos. O imunizante da SinoVac já teve seu uso em crianças aprovado em países como China, Chile, Equador, Colômbia, Camboja e Indonésia.
Entre as condições exigidas pela pasta está a de que Butantan se comprometa a produzir dados sobre o uso das doses no Brasil, além de apresentar o desfecho de estudo global que está sendo conduzido na China, África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas. O documento deve trazer "dados sólidos de segurança".
Doria promete vacinar crianças "15 minutos após aprovação"
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira (19) que o Estado começaria a vacinar as crianças com a CoronaVac minutos após receber autorização da Anvisa.
"São Paulo, tendo a aprovação da vacina do Butantan pela Anvisa amanhã, e nós respeitamos plenamente a decisão que for emitida pela Anvisa, mas se ela for positiva, nós iniciaremos imediatamente, 15 minutos depois da aprovação da Anvisa, iniciaremos a vacinação aqui em São Paulo", disse Doria em coletiva de imprensa no início da tarde.
O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses da vacina prontas, disponíveis, refrigeradas para iniciar a imunização.