No governo que diz ter acabado com a mamata no serviço público brasileiro, um novo caso de farra com o dinheiro dos contribuintes mostra como funcionam as coisas na máquina federal sob o comando do extremista Jair Bolsonaro.
Carlos da Costa, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Produtividade e Competitividade no Ministério da Economia, aceitou a "indicação" para chefiar um novo escritório idealizado por ele mesmo que atenderá em Washington, nos EUA, e para isso emitiu um parecer técnico no qual autoriza aumentar seu próprio salário em 310%.
Quando assumir o comando da recém-criada representação brasileira na capital norte-americana, o aliado e subordinado de Paulo Guedes deixará de ganhar os R$ 18.300 atuais para embolsar R$ 75 mil por mês, ou seja, US$ 13,3 mil.
A justificativa de Costa para autoconceder o gordo reajuste é de que para assumir um cargo tão importante, que terá a incumbência de representar o país perante a nação mais poderosa do mundo, é necessário "senioridade máxima". O burocrata parece não saber que o papel de representar o Brasil em potências estrangeiras é de diplomatas do Itamaraty, um serviço que sempre existiu por aqui.