Por falta de kits, Rede D'Or recomenda testes de Covid só para casos graves

Escassez de material para diagnóstico afeta todo país por conta da onda de contaminações pela variante Ômicron. Abramed, Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, dá a mesma orientação e indica isolamento em caso de suspeita

Foto: Divulgação Rock in Rio 2011
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A Rede D'Or, maior rede hospitalar privada do Brasil, recomendou que apenas os casos graves suspeitos de Covid-19 sejam testados em suas unidades. A orientação surge no momento em que os kits de diagnósticos começam a faltar em todo o país em decorrência da onda de contaminações provocada pela variante Ômicron do Sars-Cov-2, o coronavírus que assola o mundo há mais de dois anos.

Os teste para detecção da gripe, provocada pelo vírus Influenza, também passaram a ser restritos e a gigante do ramo de saúde justifica a decisão, segundo ela de caráter temporário, com base numa "restrição de insumos", ou seja, pela falta desses kits no mercado.

"Como é de conhecimento público, há uma limitação no mercado nacional de insumos para testes de PCR e antígeno para Covid em função da explosão de casos. Considerando o aumento da demanda e a limitação dos recursos, estamos priorizando a realização desses exames em pacientes com indicação clínica para definição de tratamento e isolamento, pacientes internados e em profissionais de saúde, e limitando a realização dos exames eletivos ou em pacientes com bom estado geral. Todos os exames já coletados estão sendo entregues nos prazos acordados e todos os agendamentos eletivos já confirmados estão mantidos", diz a nota divulgada pela direção da Rede D'Or.

Abramed também pede prioridade para casos graves

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) também comunicou nesta quarta-feira (12) que todas as entidades filiadas ao órgão devem priorizar os kits de testagem para os casos que apresentam sintomas graves e nos quais haja suspeita de contaminação pelo Sars-Cov-2 ou pelo Influenza H3N2. A exceção, segundo a Abramed, são os profissionais de Saúde essenciais de hospitais e outras unidades, que devem seguir monitorados.

"Pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas no grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais devem ter prioridade na testagem", informa a nota da entidade, que também explica a decisão levando em consideração a falta de insumos do tipo no país.