O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), apontado por muito analistas políticos como uma possível "terceira via" nas eleições de 2022, para antagonizar com Jair Bolsonaro (sem partido) e Lula (PT), retirou a máscara que usava durante uma cerimônia, nesta quinta-feira (30), atendendo aos pedidos da plateia bolsonarista que acompanhava o início das obras de uma linha de metrô de Belo Horizonte. O presidente da República também estava presente no ato.
A solenidade aconteceu no Palácio Tiradentes e foi marcada por protestos e palavras de ordem contra o prefeito da capital mineiro, Alexandre Kalil (PSD), arquirrival de Zema e provável adversário dele no próximo ano na corrida pelo comando do estado, caso o governador não seja a tal “terceira via” na disputa pelo Palácio do Planalto.
Jair Bolsonaro, ao discursar, fez elogios rasgados a Zema, com quem há um mês travou uma batalha discursiva nas redes sociais. O mandatário de Minas reagiu às informações infundadas do presidente sobre serem os governadores de estado os responsáveis pela disparada dos preços dos combustíveis.
"Como é bom ter um governador da estatura do Romeu Zema. Um homem que ninguém conhecia na política. Foi uma surpresa para todos nós a sua ascensão. A humildade do Zema é o segredo do seu sucesso aqui em Minas Gerais", disse Bolsonaro.
No tal “enfrentamento” virtual, no final de agosto, Zema resolveu rebater as acusações de que seriam os governadores os culpados pelo custo obsceno da gasolina, uma desculpa repetitiva e sem qualquer nexo com realidade exaustivamente propagada por Bolsonaro e seus seguidores, com um argumento simples.
"Sobre os combustíveis, vamos deixar algumas coisas claras. Não houve nem haverá aumento de impostos na minha gestão. O ICMS dos combustíveis em Minas é o mesmo desde 2018, quando a gasolina era R$ 4", explicou o político mineiro.