Apenas 16 entidades religiosas devem R$ 1,6 bilhão em impostos, isso de acordo com levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
O volume de débitos representa 81% de todas as dívidas de 9.230 instituições evangélicas, católicas, espíritas e islâmicas em todo o país.
Nenhuma das 16 entidades deve menos de R$ 20 milhões. Compõem esta lista entidades comandadas por líderes religiosos que são aliados do presidente Bolsonaro (sem partido), que militou favoravelmente ao perdão de dívidas tributárias de igrejas.
No Brasil as igrejas não pagam impostos, porém, quando a Receita Federal descobre que atuaram como se fossem empresas, elas passam a ser taxadas com imposto de renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
Uma das fraudes descobertas pela Receita era pagar bônus de arrecadação para pastores, o que na prática significa distribuição de lucros, o que não é permitido para entidades que se apresentam como instituições sem fins lucrativos.
Aliados do presidente, devedores na Receita
Entre as entidades que possuem estreita relação com o governo Bolsonaro e estão na lista devedoras, destaque para a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, com uma dívida de R$ 153.703.303, 15.
A igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, liderada pela bispa Sônia Hernandes e pelo Apóstolo Estevam Hernandes, também está na lista.
Defensores de primeira hora do governo Federal, devem R$ 40.870.082,75.
O pastor R. R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, também está na lista com uma dívida de R$ 84 milhões.
Com informações do UOL