Um vídeo que mostra ao menos quatro guardas municipais espancando um jovem de 17 anos que vendia alfajores no centro de Itajaí, no litoral catarinense, causou revolta e comoção nas redes sociais.
Ajude a identificar: Homem branco chama mulher de “macaca”: “Sou racista”
O jovem, identificado como Guilherme, vendia os doces para fazer concurso da Escola de Sargentos das Armas (ESA) e ajudar no tratamento do irmão, de 12 anos, que está com câncer, quando começou a ser agredido pelos guardas, que o apreenderam por comércio ilegal.
O rapaz foi segurado pelo pescoço junto a uma vitrine, agredido e depois sofreu uma "gravata" dos agentes, enquanto a população revoltada pediam para soltá-lo - veja abaixo. Um dos guardas jogou uma espécie de spreay de pimenta para tentar dispersar as pessoas que estavam filmando, enquanto outro à paisana ameaça com arma.
O caso aconteceu na segunda-feira (13) provocou também solidariedade de internautas e uma vaquinha virtual já arrecadou mais de R$ 32 mil para ajuda a Guilherme - para contribuir, acesse o link.
Pelas redes sociais, o prefeito de Itajaí, Volnei Morastroni (MDB), pediu desculpas públicas a Guilherme e disse que abriu sindicância para apurar a conduta dos guardas.
"É inadmissível uma conduta diferente de tudo o que preconizamos e adotaremos ações para que fatos como esse jamais se repitam, como uma sindicância que já abrimos para apurar com detalhes toda essa desastrosa ocorrência", afirmou o prefeito.
Morastroni ainda afirmou que tem mantido contato com Guilherme e os pais dele. "E estamos oferecendo ao jovem atendimento médico e psicológico e todo o apoio necessário".
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) também anunciou que vai acompanhar o caso.