Apesar de ter se apresentado ao 11º Distrito Policial, em Santo Amaro, nesta segunda-feira (9), Danilo Silva de Oliveira, conhecido como Biu, foi preso por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato.
Assim como Paulo Galo, ele não tem antecedentes criminais, colaborou com a investigação, mas ficará detido preventivamente no 101º Distrito Policial, na capital paulista, de acordo com informações de Murilo Pajolla e Pedro Stropasolas, no Brasil de Fato.
Na sexta-feira (6), a juíza Gabriela Bertoli havia decretado a prisão preventiva de Paulo Galo e Thiago Viera Zem, que participou da ação como motorista.
Ao chegar à delegacia para se apresentar, Biu desabafou ao Brasil de Fato: “Isso aqui é a demonstração do que é a justiça brasileira. Se você não for branco, cristão, nem europeu nórdico, você paga por aquilo que você quer fazer como ato simbólico”, disse.
“Vale lembrar que ontem teve um pai de família, que teve que ficar de cueca no supermercado para poder mostrar que não roubou nada. E também a mulher que matou o entregador, pagou R$ 21 mil e saiu pela porta da frente. A gente fez um ato simbólico e vai pagar por isso, mas justiça seja feita”, acrescentou.
Habeas corpus
A defesa de Biu já prepara pedido liminar de habeas corpus (HC). Outro recurso foi protocolado para revogar a prisão de Galo. O advogado Jacob Filho representa os dois.
Biu, de 36 anos, é entregador de transportadora e motorista de aplicativo. Ele é estudante de História, tem uma filha de 7 anos e mora com a família na favela do Vietnã, onde é líder comunitário.