Em mais uma atitude arbitrária, o líder dos entregadores de aplicativos, Paulo Galo, foi levado ao 11° Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, algemado e em um camburão. O ativista retornou do 2° DP, onde passou pelo Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito.
Galo se prepara para iniciar o cumprimento da prisão preventiva, por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato. A cena do ativista algemado foi registrada pelas redes sociais do site Alma Preta.
A forma como ele foi levado indignou, mais uma vez, um dos seus advogados, Jacob Filho. “Não havia nenhuma necessidade de ele estar algemado. Então, fizeram isso claramente para constrangê-lo”, declarou o advogado à Fórum.
“O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que as algemas devem ser usadas apenas em algumas circunstâncias, quando o indivíduo oferecer qualquer tipo de perigo. Não é para todo o preso. Quando o indivíduo for violento, colocar em risco a vida e a liberdade de terceiros ou em relação à possibilidade de fuga. O Galo não apresenta nada disso”, acrescentou.
Os familiares de Galo presenciaram a cena e repudiaram a forma como o ativista está sendo tratado. Eles também questionaram a necessidade da algema e do camburão.
Bloqueio
Jacob Filho afirmou, também, que os advogados já providenciaram todos os recursos disponíveis para reverter mais uma ação abusiva. A equipe teve acesso bloqueado ao processo principal de investigação do caso, o que, certamente, prejudica a adoção de uma estratégia de defesa.