“Fizeram isso para constrangê-lo”, diz advogado sobre algemas em Galo; veja vídeo

Jacob Filho disse que o procedimento deve ser usado “quando o indivíduo for violento, colocar em risco a vida e a liberdade de terceiros ou em relação à possibilidade de fuga. O Galo não apresenta nada disso”

Foto: Reprodução/Twitter Alma Preta
Escrito en BRASIL el

Em mais uma atitude arbitrária, o líder dos entregadores de aplicativos, Paulo Galo, foi levado ao 11° Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, algemado e em um camburão. O ativista retornou do 2° DP, onde passou pelo Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito.

Galo se prepara para iniciar o cumprimento da prisão preventiva, por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato. A cena do ativista algemado foi registrada pelas redes sociais do site Alma Preta.

A forma como ele foi levado indignou, mais uma vez, um dos seus advogados, Jacob Filho. “Não havia nenhuma necessidade de ele estar algemado. Então, fizeram isso claramente para constrangê-lo”, declarou o advogado à Fórum.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que as algemas devem ser usadas apenas em algumas circunstâncias, quando o indivíduo oferecer qualquer tipo de perigo. Não é para todo o preso. Quando o indivíduo for violento, colocar em risco a vida e a liberdade de terceiros ou em relação à possibilidade de fuga. O Galo não apresenta nada disso”, acrescentou.

Os familiares de Galo presenciaram a cena e repudiaram a forma como o ativista está sendo tratado. Eles também questionaram a necessidade da algema e do camburão.

https://twitter.com/Alma_Preta/status/1423723474590253059

Bloqueio

Jacob Filho afirmou, também, que os advogados já providenciaram todos os recursos disponíveis para reverter mais uma ação abusiva. A equipe teve acesso bloqueado ao processo principal de investigação do caso, o que, certamente, prejudica a adoção de uma estratégia de defesa.