Jacob Filho, um dos advogados do líder dos entregadores de aplicativos, Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, afirmou que, apesar da libertação do ativista, a luta não acabou.
“O Galo vai sair ainda hoje, por volta das 18 horas. A liminar foi concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os próximos passos vão ser de acompanhamento, porque o delegado pediu a prisão preventiva dele. Então, nós temos que colocá-lo em liberdade e brigar para que não seja decretada a preventiva”, afirmou Jacob, à Fórum.
O STJ deferiu o habeas corpus (HC) e libertou Galo, nesta quinta-feira (5). Ele foi preso, sem justificativas, por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato.
O ativista foi detido provisoriamente no dia 28 de julho, após se apresentar ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo. A companheira dele, Géssica, também foi presa no mesmo dia por envolvimento no ato. Ambos têm uma filha de três anos.
Galo se apresentou espontaneamente, após um mandado ser expedido em endereço errado de sua residência.
Ao chegar à polícia, ele confirmou que faz parte do grupo Revolução Periférica, que ateou fogo na estátua.
“Sou integrante da Revolução Periférica. O ato que foi feito no Borba Gato foi para abrir um debate. Em nenhum momento aquele ato foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico na sociedade”, disse.
Prisão ilegal
No domingo (1), o desembargador Walter da Silva, da 14ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, indeferiu o pedido liminar do HC, que pleiteava a revogação da prisão temporária.
Jacob Filho, junto à equipe jurídica do escritório Jacob e Lozano, ingressou com recurso no STJ. “Trata-se de uma prisão ilegal, prisão tortura”, resumiu o advogado.