Parece notícia velha e repetida, mas não é. A conta de luz aumentará novamente a partir desta quarta-feira (1°). O governo reajustou a bandeira tarifária que cobrava R$ 9,49 por cada 100 kWh consumidos, passando o valor para R$ 14,20. A alta é de 49,6%.
No mês de junho a energia elétrica já havia sofrido um forte reajuste de mais de 50%, passando de R$ 6,24 por cada 100 kWh para os atuais R$ 9,49. Segundo a Aneel, o aumento que entrará em vigor a partir de amanhã (1°) elevará em média 6,78% as contas dos consumidores domésticos no país, embora o percentual varie de acordo com o local do fornecimento. Na região metropolitana de São Paulo, a Enel, concessionária responsável pela distribuição de luz, no último aumento, em junho, subiu a tarifa acima da média nacional, impondo aos paulistas que vivem na Grande São Paulo um reajuste de 11,58% na ocasião.
Inflação nas alturas
Os gastos dos brasileiros só têm aumentado durante o governo Jair Bolsonaro. Para se ter uma noção do descontrole dos preços, só em agosto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) marcou 0,89%, o maior desde 2002, além de 9,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Vivem em condições precárias por conta da perda de poder de compra, a população com menor renda vem deixando de comer arroz, feijão, carne, peixe e outros itens. Os números da alta de preços são impressionantes: 12,29% nos ovos, 17,15% no café; 31,31% nas carnes, 36,89% no arroz, 78,75% no óleo de soja, 31,11% no gás de cozinha, 39,12% na gasolina, 52,77% no etanol e 20,86% na conta de luz, resultando num aumento de 33% no gasto geral dos trabalhadores.