Roberto Jefferson tem mal súbito e é internado na UPA da cadeia

O ex-deputado está preso desde 13 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes e, nesta segunda-feira, foi denunciado pela PGR

Foto: ReproduçãoCréditos: Redes Sociais
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Preso no Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) teve um "mal súbito" nesta segunda-feira (30) e precisou ser internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da penitenciária.

À CNN Brasil, o advogado do bolsonarista, Luiz Gustavo Cunha, confirmou a informação e disse ainda que está pleiteando a transferência de Jefferson para um hospital fora do sistema prisional.

"Teve um mal súbito. Foi mais ou menos 6h da tarde. A saúde dele é muito frágil. A UPA já informou que não tem como cuidar da saúde dele. Estamos tentando no Supremo a transferência dele para o Hospital Samaritano", disse.

A defesa do presidente do PTB afirmou também que ele ainda não sabe da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele, por incitação ao crime, que veio à tona nesta segunda-feira.

PGR

Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou na última quarta-feira (25) denúncia contra o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e bolsonarista de última hora. A peça acusa o ex-parlamentar de incitação ao crime e homofobia em razão de vídeos golpistas disseminados nas redes.

Segundo a Conjur, a denúncia apresentada pela subprocurador Lindôra Araújo aponta que Jefferson estimulou a invasão do Congresso Nacional por apoiadores, ataques a policiais militares e a instituições, como o Supremo Tribunal Federal.

Os crimes listados pela PGR são de incitação ao crime, homofobia, racismo e contra a segurança nacional, baseado na LSN.

Prisão de Jefferson

Jefferson está preso desde o dia 13 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais, que apura a ação de uma organização criminosa que atua contra a democracia.

Ao decidir pela prisão do ex-deputado bolsonarista, apontado como integrante do “núcleo político” do grupo investigado, o ministro mencionou as ameaças que Jefferson fez ao STF, ao Senado e a integrantes da CPI da Genocídio. Além disso, Moraes determinou o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em redes sociais, apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.

Antes de ser levado pela Polícia Federal, o ex-deputado enviou mensagem de áudio ao PTB e afirmou que o STF atua contra a “família, Deus e a liberdade” e recebe “mensalão da China”. Ele ainda disse que irá combater “ministros gays” do tribunal. Ao assinar mandado de prisão, Jefferson ainda provocou Moraes.

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