A Plataforma Lattes, que reúne o currículo acadêmico de milhões de pesquisadores do país, retornou de forma parcial nesta terça-feira (3) após mais de 10 dias de apagão. Uma queima no servidor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) derrubou a plataforma desde o dia 23 de julho e gerou alarme em professores e cientistas de todo o Brasil.
O retorno do Lattes foi informado em nota sobre "atualização sobre o retorno do acesso aos sistemas" divulgada pelo CNPq. "O CNPq informa que está disponível o acesso aos currículos da Plataforma Lattes nas seguintes condições: Por meio do acesso direto ao currículo a partir do ID Lattes; Por meio de busca textual", diz o órgão.
"A base de dados conta com atualizações feitas até às 18h do dia 23 de julho, dia de início da indisponibilidade dos sistemas. Não será possível, neste momento, fazer atualizações dos currículos, mas está disponível a opção de impressão e download", afirmam.
Segundo o CNPq, "o trabalho de restauração dos acessos ainda está em andamento, incluindo novas atualizações da base de dados, que serão feitas nos próximos dias, incluindo, nos currículos, as fotos e o número de citações".
Apesar de os currículos voltarem, o portal "lattes.cnpq.br" segue fora do ar.
Apagão geral no Lattes
As primeiras informações que circularam davam conta de que pesquisadores não conseguiam acessar Plataforma Lattes devido à queima no servidor que guarda informações do CNPq.
No dia seguinte (27), o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) emitiu nota informando que não havia qualquer perda de informações, uma vez que o servidor tinha backup. A interrupção do sistema teria se iniciado 22 julho, data em que o ministro Marcos Pontes recebia em seu gabinete deputada neonazista Beatrix von Storch.
Na última sexta-feira (29) , o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, junto ao ministro Marcos Pontes, divulgaram um vídeo reiterando que não havia qualquer perda permanente de dados da Plataforma Lattes, assim como de todo o sistema do órgão.
Confira: