Número de negros, pardos e indígenas cai mais de 50% no Enem 2021

Para entidade educacional, trata-se de um retrocesso no que diz respeito ao acesso e a pluralidade nas universidades públicas

Prova do Enem realizada em 2019, na UERJ (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 já tem dois recordes negativos: o primeiro é que tem o menor número de inscritos desde 2007, e o segundo é a queda acentuada na participação de negros, pardos e indígenas, isso em comparação com a edição 2020.

Um levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior (Semesp), feito a pedido da Globonews, com base nos microdados de inscritos no Enem 2021.

De acordo com o estudo, na edição de 2020, eram aproximadamente 2,7 milhões de estudantes pardos, neste ano foram 1,3% (redução de 51,7%).

A queda também foi registrada entre pretos (53%) e indígenas (54,8%). Em sentido contrário, a diminuição mais sutil foi entre estudantes brancos: 35,8%.

Na edição de 2020, 63,2% dos estudantes inscritos eram pretos, pardos, amarelos ou indígenas. Neste ano, eles representam uma fatia menor do total: 56,4%.

Os estudantes brancos, por outro lado, passaram a ter maior representatividade: 34,7% em 2020 para 41,5% em 2021.

Para a Semesp, os números representam um retrocesso em relação à inclusão e à diversidade de alunos na educação superior, já que o Enem, hoje, é a principal porta de entrada para as universidades públicas do Brasil.

Com informações do G1.

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