O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), ex-vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposta participação em esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas ao combate da Covid-19 em Roraima.
Rodrigues foi flagrado com R$ 30 mil escondidos na cueca, no âmbito da Operação Desvid-19, em outubro de 2020.
O relatório final da apuração foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento pede que o senador bolsonarista responda pelos crimes de peculato, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro, embaraço às investigações e fraude à licitação, de acordo com informações da Crusoé.
A Operação Desvid-19 investiga ilegalidades em contratos de compra de kits de teste do coronavírus e de equipamentos de proteção individual (EPIs).
A PF aponta que Rodrigues era peça central do esquema, com “forte ingerência no Executivo estadual e em áreas estratégicas da administração pública direta e indireta, além do Judiciário”.
Próximo de Bolsonaro
O senador Chico Rodrigues foi muito próximo da família Bolsonaro. Em abril de 2019, o sobrinho do presidente, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi nomeado assessor parlamentar de Rodrigues. O salário era de R$ 17.319,31.
Porém, em outubro de 2020, logo após o escândalo do dinheiro escondido na cueca, Léo Índio pediu demissão. Na oportunidade, ele negou que tenha recebido pressão do tio para se desligar do cargo.