Géssica Barbosa, esposa do ativista Paulo Galo, foi solta na tarde desta sexta-feira (30). Ela havia sido presa, provisoriamente, sem nenhuma justificativa, e estava no 89º Distrito Policial, em São Paulo. Os dois foram detidos por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato. No entanto, Géssica sequer esteve no local.
A informação foi confirmada por um dos advogados de defesa do casal, Jacob Filho: “Ela está em liberdade provisória e saiu, não por meio de habeas corpus (HC), mas pelo pedido de revogação da prisão”, disse.
Em relação à situação de Galo, segundo o advogado, não há novidades. “Tanto o pedido de HC quanto de audiência de custódia ainda não foram julgados”.
No dia da prisão do casal, Jacob demonstrou indignação. “A razão para eu discordar da prisão decretada contra Géssica é muito óbvia. Existem diversas medidas fora a prisão que você pode tomar sem tirar a liberdade de uma pessoa. Ela, sequer, estava presente ao ato. Não participou ativamente de absolutamente nada”, afirmou.
Suprema Corte
“Então, hoje você vê uma Gessica presa, mãe de uma criança de três anos, contrariando posicionamento da Suprema Corte brasileira, que proíbe encarceramento de mães nesses casos. Qual o sentido de tudo isso? Esse é o questionamento que eu faço. Impetraremos habeas corpus e o delegado, se entender necessário, pode ele mesmo requerer a revogação da prisão temporária”, destacou Jacob.
Ele explicou, ainda, que o telefone utilizado por Galo está no nome da Gessica. “É só por essa razão. Ela não tem ligação nenhuma, a não ser o fato de ser esposa, mais nada. Uma mulher com seu trabalho e mãe”, reiterou.