Preso no último sábado (29), José Tiago Correa Soroka, 33, que chegou a ser classificado como um assassino em série (serial killer) de homossexuais pela polícia de Curitiba, declarou em entrevista que os seus crimes, os quais assumiu a autoria, não foram motivados por homofobia.
Em entrevista à Folha de S. Paulo ele revelou que as vítimas eram escolhidas por conta da "facilidade de abordagem e que só pretendia roubá-las".
"Não tem nada a ver com opção sexual [sic], mas pela facilidade de conseguir adentrar [na casa da vítima], independente se fosse homem ou mulher […]. Vou deixar bem claro que não foi por ódio nem homofobia. Independente, se fosse um homem heterossexual que me chamasse para adentrar à casa e eu visse que que tinha a possibilidade de êxito na situação, teria ido", revelou o assassino à Folha.
Tiago Soroka foi preso pela polícia do Paraná no último sábado (29], em uma pensão no bairro Capão Raso emo Curitiba. Segundo os delegados, ele confessou os três assassinatos, que aconteceram entre os dias 16 de abril e 4 de maio, e o atentado contra um quarto homem gay, no dia 11 de maio, que sobreviveu e ajudou na identificação do suspeito.
Apesar de negar ser bissexual e de sentir atração por homens, os investigadores trabalham com a hipótese de motivação sexual nos crimes, que Soroka vestia os corpos das vítimas, cobria-os com mantas ou travesseiros e os trancava pelo lado de fora de casa, como se quisesse "esconder" os encontros.
O assassino confesso revelo detalhes sobre duas vítimas: o enfermeiro David Levisio, que foi assassinado em 27 de abril, e o estudante de medicina Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, morto em 4 de maio. Soroka afirmou que utilizou o mesmo método para ambos: com perfis falsos, iniciou conversa com as vítimas pelo aplicativo e marcou de encontrá-los na casa deles. Ambos moravam sozinhos.
Ele disse que a sua intenção não era matar as vítimas, mas, que elas reagiram. "Não queria fazer mal para eles e que não queria o mal para mim. Eles tentaram reagir, [começaram] a me bater, xingar, falaram que iam chamar a polícia, e eu acabei apertando um pouco mais o pescoço e não voltaram", revela.
Demonstrando frieza, a reportagem da Folha revela que, ao término da conversa, Soroka perguntou a uma das delegadas do caso se ela estava em uma busca que foi feita por ele em um bairro periférico de Curitiba, anterior a prisão. A delegada respondeu que sim e ele disse rindo: "eu te vi".
Com informações da Folha de S. Paulo.