O Brasil possui 3,487 milhões de pessoas sem emprego há pelo menos dois anos, o chamado "desemprego de longa duração". Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do primeiro trimestre de 2021.
O número é um recorde da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Segundo informações da Folha de S.Paulo, o recorde anterior havia sido registrado no segundo trimestre de 2019, também durante o governo de Jair Bolsonaro, quando 3,347 milhões de brasileiros estavam sem emprego há pelo menos dois anos.
Os dados concluem que 23,6% dos 14,805 milhões de desempregados no Brasil estão desocupados há mais de dois anos, o que representa cerca de um quarto de todos os desempregados do país. O número também aponta uma alta de 13,4% em relação ao começo de 2020, quando o Brasil tinha 3,075 milhões de pessoas em busca de emprego havia pelo menos dois anos.
Outro problema que o país enfrenta é em relação ao número de trabalhadores subutilizados, que contemplam três categorias: os desempregados, os subocupados, que trabalham menos do que 40 horas semanais, e a força de trabalho potencial - quando há o desejo por uma vaga, mas o trabalhador não a procura ou não pode preenchê-la.
Segundo a Pnad do trimestre encerrado em março, 5,6 milhões de pessoas passaram a integrar, em um ano, esse grupo.