Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco e irmã da ex-vereadora assassinada em 2018, usou as redes sociais para criticar o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Em seu depoimento na CPI do Genocídio, nesta quarta-feira (16), ele afirmou que sofreu retaliações de Jair Bolsonaro porque avançava nas investigações sobre a morte da ex-parlamentar.
“Na hora de apoiar a quebra da placa não colocou a culpa na minha irmã... Subiu, fez charminho, riu e achou lindo! Agora quer usar o nome dela de escudo? Assuma seus atos, Wilson Witzel. Eu, heim! Nos poupe de passar ainda mais raiva nesse país!”, tuitou Anielle.
Ela se referiu à participação do ex-governador em um evento, no segundo semestre de 2018, em que a placa com o nome de Marielle foi quebrada. Na oportunidade, Witzel pediu votos para o bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que acabou eleito deputado federal e hoje está em prisão domiciliar.
Interferência
Em seu depoimento na CPI, Witzel declarou que passou a sofrer retaliação do governo federal após ser acusado de interferência na Polícia Civil do Rio de Janeiro, por causa das investigações sobre o assassinato da ex-parlamentar.
“A partir daquele momento, do caso Marielle, percebi que o governo federal e o próprio presidente começaram me retaliar. Tivemos dificuldade de conversar com ministros”, disse Witzel.