Por meio da Lei de Acesso à informação, o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) teve acesso e divulgou em suas redes o custo da colocação e retirada das pedras sob os viadutos Luciano Mendes de Almeida e Antonio Paiva Monteiro, no Tatuapé, Zona Leste de SP: R$ 48 mil.
Ao comentar sobre o valor da ação comandada pela prefeitura de SP, Suplicy afirmou que "esse tipo de arquitetura hostil expulsa, de áreas públicas, as pessoas em extrema vulnerabilidade e que não possuem casa, ainda mais nesse contexto de pandemia em que o 'fique em casa' é tão necessário".
O parlamentar também aproveitou a ocasião para criticar a gestão municipal e pedir que invista mais em moradias públicas. "Faço o apelo para a prefeitura investir mais em moradia e em ações emergenciais, como a parceria com a rede hoteleira, para que acolham essas milhares pessoas em situação de rua de nossa cidade", disse.
Diante do silêncio do prefeito Bruno Covas (PSDB) a seus apelos, o padre Júlio Lancellotti empunhou uma marreta e começar a retirar nesta terça-feira (2) as pedras colocadas pela administração municipal embaixo de um viaduto próximo à avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste da cidade, para evitar que pessoas em situação de rua durmam no local.
“Indignação diante da opressão. Marretada nas pedras da injustiça”, publicou o padre nas redes sociais. Aos 72 anos, Júlio Lancellotti denunciou a “arquitetura higienista” da administração tucana.