Conhecido por pertencer à ala mais radical do bolsonarismo na Câmara, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) resolveu fazer um pronunciamento na tribuna da Casa, nesta quinta-feira (6). Ele criticou a comoção causada pela morte do ator Paulo Gustavo, vítima da Covid-19, e ainda defendeu a ditadura militar.
De acordo com o deputado, a esquerda está utilizando a morte do ator para criar “uma nova Marielle Franco”.
“Acusam o presidente Bolsonaro com uma nova narrativa de que ele é o responsável pela morte de Paulo Gustavo, assim como o acusaram de responsável pela morte de Marielle”, declarou Otoni de Paula.
Inúmeros internautas usaram as redes sociais para relacionar a conduta de Jair Bolsonaro em relação à pandemia do coronavírus à morte precoce do ator.
O escritor Paulo Coelho chegou a enumerar, via Twitter, quem são os “assassinos de Paulo Gustavo”.
De acordo com o escritor, os assassinos são quem dizia “’é só uma gripezinha’ – ‘não passa de 200 mortes’ – ‘cloroquina resolve’ – ‘gente morre todo dia’ – ‘Lockdown destrói o país’ – ‘máscara nos faz respirar ar viciado’ – ‘eu obedeço o comandante’, e por aí vai. Canalhas da pior espécie”, escreveu.
Costa e Silva
Otoni de Paula foi mais além e criticou os pedidos para que a ponte Rio-Niterói, cujo nome verdadeiro é Ponte Costa e Silva, seja rebatizada para Ponte Ator Paulo Gustavo.
“Arthur Costa e Silva foi o segundo presidente do Brasil no período da grande libertação do Brasil, que foi o regime militar”, afirmou o deputado.
O parlamentar disse, ainda, que Paulo Gustavo não é um herói nacional e “vale tanto quanto os 400 mil brasileiros ceifados por esta pandemia”.
Com informações do Congresso em Foco