O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação por danos morais coletivos por "discurso de ódio contra homossexuais e pessoas que convivem com o vírus HIV" contra a pastora e cantora gospel Ana Paula Valadão por declarações consideradas homofóbicas.
Valadão, em 2016, afirmou que “isso (a homossexualidade) não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos”, disse.
“A Bíblia chama de qualquer opção contrária ao que Deus determinou de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Taí a Adis para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus”, continuou a cantora gospel.
Essa declaração de Ana Paula Valadão foi dada no Congresso Diante do Trono, em 2016, e viralizou em setembro desse ano.
Na ação, o MPF pede uma indenização de R$ 200 mil e a emissora efetue o pagamento de R$ 2 milhões além de "arcar com os custos econômicos da produção e divulgação de contranarrativas ao discurso do ódio praticado, em vídeo e sítio eletrônico, com a efetiva participação de entidades representativas de pessoas LGBTQIA+ bem como de pessoas que convivem com o HIV".
Durante a defesa, Ana Paula Valadão e a emissora alegaram que estavam amparados pela liberdade religiosa e que a fala teria sido mal interpretada. Porém, o MPF afirma que a fala foi "preconceituosa e que não encontrou guarida na liberdade religiosa, pois extrapolou os limites constitucionais e ofendeu direitos de grupo de pessoas vulneráveis".
Com informações do G1