PM de Doria despeja 230 famílias, sendo 150 crianças, na Zona Norte de SP

"Só queremos ter o direito de uma moradia, onde nossas crianças possam chamar de lar. Não estou pedindo demais", diz cartaz de morador em protesto contra o despejo

Reprodução/Redes Sociais
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Em meio à pandemia da Covid-19, a Polícia Militar de São Paulo, do governador João Doria (PSDB), realiza na manhã desta sexta-feira (28) o despejo de 230 famílias, sendo 150 crianças e cerca de 50 idosos, além de pessoas com deficiência e gestantes, que moram em ocupação na Zona Norte de São Paulo.

A deputada Natália Bonavides (PT-RN) compartilhou em suas redes sociais um vídeo que mostra a presença dos policiais militares no local. Os moradores afirmam que o terreno estava abandonado há 30 anos.

"Despejo na pandemia é genocídio! Nosso projeto aprovado na Câmara não pode ficar parado no Senado. É urgente que ele seja aprovado para cenas como essa não se repetirem", escreveu a parlamentar, em referência ao projeto que proíbe reintegrações de posse durante a crise sanitária.

https://twitter.com/natbonavides/status/1398265826264879113

Cerca de 70 pessoas que moram na comunidade chegaram a protestar contra a ação judicial em frente à Segunda Subseção de Direito Privado do Tribunal de Justiça, na Sé, nesta quinta-feira (27). "Só queremos ter o direito de uma moradia, onde nossas crianças possam chamar de lar. Não estou pedindo demais", dizia cartaz de um morador em protesto contra o despejo

O objetivo do ato era tentar um diálogo com o desembargador Ricardo Belli para evitar a reintegração. Contudo, ele não estava no prédio para receber os moradores.

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