A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai realizar nesta quarta-feira (12) uma coletiva de imprensa, às 11h, para detalhar a complexa situação orçamentária que enfrenta e que a coloca sob risco de fechamento após os cortes promovidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em artigo publicado no Jornal O Globo, a reitora Denise Pires de Carvalho e o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha apontam que, com os cortes sucessivos e apenas metade do orçamento disponibilizado em 2021, diversos serviços da Universidade poderão ser afetados, inclusive pesquisas de vacinas nacionais contra a COVID-19 que ocorrem em laboratórios da instituição.
“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes, e não pela preservação dessas instituições. A Universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A Universidade está sendo inviabilizada”, diz o texto.
Estudo divulgado pela instituição aponta que o orçamento real de 2021 da UFRJ é o mesmo de 2008, quando a universidade tinha quase metade dos estudantes que tem hoje. Eram 34 mil e hoje, graças ao Reuni, são 57 mil.
Na coletiva, a reitora e o vice-reitor pretendem apresentar o quadro orçamentário e o que poderá ser afetado na UFRJ. Participa ainda o professor Eduardo Raupp, pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças.
Segundo informações da assessoria da UFRJ, a instituição, que é presença registrada nas 15 melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, conta com 172 cursos presenciais de graduação, 4 de graduação a distância, 315 de especialização e 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado). Além disso, são mais de 1.700 ações de extensão.
Além de 9 hospitais universitários e unidades de saúde, 13 museus, mais de 1.450 laboratórios, 45 bibliotecas e um Parque Tecnológico.