Durante audiência realizada na manhã desta quinta-feira (8), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, desmentiu que a produção da CoronaVac tenha parado e afirmou que é que contra a quebra de patentes para vacinas e medicamentos contra a Covid-19.
Dimas Covas negou que o Instituto Butantan tenha paralisado a produção de doses da CoronaVac. "Não estamos com a produção interrompida, processamos o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) que estava aqui e nesse momento estamos processando as vacinas".
Em nota divulgada nessa quarta-feira (7), o Instituto Butantan também negou que haja paralisação da produção, mas que todas as doses provenientes do IFA já foram envasadas e que agurada uma nova remessa.
De acordo com a nota, "neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade". O instituto também explica que essa fase faz parte do processo produtivo e que não significa paralisação da produção.
Por fim, o Butantan afirmou que uma nova remessa do IFA deve chegar na semana que vem.
Quebra de patentes
Segundo Covas, a quebra de patentes não traria benefícios. "Acredito que não, pelo contrário. Acho que a quebra de patentes seria um elemento que traria uma dificuldade adicional, por vários motivos".
Entre as dificuldades relatadas por Dimas Covas, ele afirma que o Brasil poderia ficar "sujeito às retaliações" do mercado internacional. "Não seria uma forma oportuna e poderia trazer dificuldades para as próprias patentes nacionais, que existem", disse.